quarta-feira, setembro 27, 2006

Você está ficando velho...

Hoje enquanto eu esperava tranquilamente minha marmita de homem solteiro que vive sozinho durante a semana, olhava tranquilamente o movimento da rua quando uma frase me chamou atenção.

"30? Nossa, você tá ficando velho mesmo. Tá quase que nem eu..."

Fiquei olhando para a cara dos indivíduos em questão. Olhei primeiro para o que estava então com 30. Para mim não parecia velho, tudo bem que tinha lá umas entradas, uma pança saliente, o pescoço meio pra frente, mas tinha lá sua cara jovial, algo de irresponsável escondido em algum lugar ali naquela figura.

Ai olhei para o que acusava o de 30 de velho. Esse sim era velho. Ou para mim pelo menos aparentava mais velho. Barba por fazer, testa saliente. Acusava o outro de estar alcançando ele na idade. Como se isso fosse possível. Taí uma coisa impossível. Alcançar outro ser vivo na idade. Mais eis o que indivíduo mais velho acusava o outro de um jeito quase esnobe. Como se fosse "bem vindo ao mundo dos mais de 30". E o mais novo, que estava ficando velho então, aceitando tristemente a acusação.

Vi outro dia um episódio de Friends "aquele em que todos fazem trinta anos". Era uma mistura de liberdade, com desânimo e desespero. Nada muito animador.

Que venham os "inta" em breve. Estou pronto pra essa. E ai de você se me acusar de velho. Velha é a vó e grande é a sabedoria do tempo, logo a vó é velha e sábia.

Viva minha avó de 82 anos, minhã mãe que acabou de fazer 60 anos e o coitado lá da porta da marmita com seus 30 e alguma coisa.

Elaine e Luís

sexta-feira, setembro 15, 2006

Espetáculo diário ou o eterno retorno




Talvez seja um exagero falar em espetáculo. Mas o fato é que isso acontece todo dia na cidade das andorinhas e da sacada no nosso prédio temos uma visão privilegiada da coisa em meio a prédios e o barulho das ruas.

As andorinhas, por volta das cinco da tarde, começam a surgir de todos os cantos da cidade em direção a uma praça que fica atrás de prédio. Como a sacada dá pra parte de trás, é possível perceber todo o movimento, ou a dança, das andorinhas que vão desviando dos prédios até chegar na praça.

São muitas e muitas passando na altura da sacada, todas em direção ao mesmo lugar. Quando posso, paro na sacada com alguma coisa pra comer ou beber e fico ali vendo esse belo movimento. Olho também para baixo, as pessoas. Como é que ninguém mais está prestando atenção nisso além de mim?

Ai lembrei que estava numa cidade grande, onde a natureza encontra sua forma de contornar todas essas coisas pra quem quiser ver. Ai lembrei que no outro dia, na rua, também não lembrei das andorinhas. Como ia lembrar das andorinhas dirigindo? Cadê as andorinhas? Mas é bom saber e lembrar às vezes desse "eterno retorno" das mesmas, tão bonito de se ver, tão fácil de esquecer que existe.

terça-feira, setembro 05, 2006

Em Penedo

O fantástico mundo das pousadas perfeitas...





Ontem ainda estava vendo um capítulo de Desperate Housewives, onde essa perfeição reina na aparência. A vila onde se passa a séria é perfeita. As casas, os carros, os bichos. Até as pessoas, na sua aparência, também são.

O barato que vi neste primeiro contato com a série foi justamente esse choque em quebrar a perfeição, simplesmente com histórias de pessoas. Histórias, dessas que aparecem a todo momento em cada esquina. Ou seja, a perfeição é mesmo só aparente. Uma grande imagem, ou a reação que uma das personagens provoca no espectador, um grande comercial de sabão em pó.

segunda-feira, setembro 04, 2006

Meu sogro Antônio Carlos




Domingão, recepção com café da manhã.

Olhar apurado sobre o mundo, gosto dos seus gostos e de suas histórias.

A irmã, o cunhado e a tia




Douglas, meu cunhado, Dri, minha irmã e Maby, minha tia.

Jantar para cinco, com direito a licor de café.

Minha tia Maby me emprestava os gibis da Disney que ela assinava. Depois de ler, ela passava pra mim. Adorava a atividade quinzenal de troca dos gibis. Era um plástico cinza rechado de edições diferentes. Isso com certeza despertou alguma coisa em mim pela arte, pelo desenho, não sei. Só sei que participada de todas as promoções que envolvia um desenho da Abril (criar capas, colorir desenhos, essas coisas). E o homem era bom. Consegui faturar um disco do Roger Rabbit e um mochila, em duas promoções diferentes. E não foi sorteio não, foi mérito mesmo (melhores desenhos selecionados).

Tempos bons. Recebê-la em casa foi um prazer e, claro, minha irmã e meu cunhado também.

sexta-feira, setembro 01, 2006

Luiza Helena no Jornal da Globo

_ Não é porque eu estou aqui no Jornal Nacional que eu não vou falar algo que eu não acredito.

_ Estamos no Jornal da Globo...

Cocotas na universidade pública

_ Então, achei um sapato que é uma pechincha.

_ Sério, onde?

_ No shopping. É um sapato de oncinha. Custa 800 reais.

_ Suuuuuper barato.

_ É, e ela ainda faz em seis vezes.

Ciberarte





Este trabalho é de um artista chamado Edgar Franco, que defende neste mês seu doutorado na ECA/USP. Segue um trecho do pensamento dele.

Essas tecnologias são elementos fundamentais para a configuração de obras que questionam a própria condição biológica da espécie humana, vislumbrando uma possível relação de simbiose entre a tríade "homem, máquina e biotecnologia" que poderá resultar em uma nova espécie, pós-humana.

Diz aí, quanto pós-humano você é?